061. Traitement orthopédique de la dysplasie développementale de la hanche chez l’enfant et l’adolescent. - Orthopedic treatment of developmental dysplasia of the hip in children and adolescents

Tratamento ortopédico da displasia do desenvolvimento do quadril em crianças e adolescentes.
Marcos Almeida Matos Santa Casa da Bahia.

A displasia do desenvolvimento do quadril define uma desordem do desenvolvimento da articulação do quadril que compreende a luxação fêmuro-acetabular, subluxção, instabilidade da articulação (quadril luxável) e a deficiência acetabular (ou displasia acetabular). Esta condição é mais comum em meninas, rara em afrodescendentes, mais comum no quadril esquerdo (aproximadamente 60%) e bilateral em cerca de 20% dos casos. Os fatores de risco mais comumente associados à DDQ são gestação primípara, oligohidrâmnio, macrossomia e meninas, além da apresentação pélvica. O diagnóstico por imagem da DDQ pode ser realizado por ultrassonografia até o quarto mês de vida ou por radiografias após esta idade. Resumidamente, o tratamento convencional inclui o uso do suspensório de Pavlik em crianças menores de seis meses; redução do quadril sob anestesia seguida de estabilização com aparelho gessado nas idades entre seis e 12 meses; tenotomia de adutores seguida redução sob anestesia e gesso para pacientes entre 12 e 18 meses; redução aberta com liberação de partes moles (obstáculos à redução) e gesso para aqueles entre 18 e 24 meses. A partir de dois anos de idade o tratamento consiste em acrescentar osteotomias femorais ou pélvicas em um procedimento conhecido como tratamento em estágio único. Estes procedimentos tanto conservadores como cirúrgicos estão bem indicados e têm alto índice de sucesso em pacientes menores que oito anos. Pela sua complexidade e riscos associados, muitos experts contraindicarem tratamento reconstrutivo em estágio único no caso de pacientes acima de oito anos. Esta abordagem cirúrgica incluí sempre a redução aberta da articulação do quadril com liberação dos tecidos moles que impedem o procedimento, acompanhada de um ou ambos procedimentos: osteotomia femoral e osteotomia pélvica. Foram analisados nove estudos que contemplaram os critérios de inclusão, perfazendo 234 pacientes com 266 quadris operados pela técnica de estágio único em pacientes maiores de oito anos. Os resultados revelaram que o procedimento resultou em quase 67% de bons resultados clínicos e cerca de 91% de bons resultados radiográficos. Desta forma, o presente estudo contribui para avaliar o tratamento conservador e cirúrgico da DDQ em pacientes maiores e menores que oito anos.

La dysplasie développementale de la hanche définit un trouble du développement de l’articulation de la hanche qui comprend une luxation fémoro-acétabulaire, une subluxation, une instabilité articulaire (hanche luxable) et une déficience acétabulaire (ou dysplasie acétabulaire). Cette affection est plus fréquente chez les filles, rare chez les personnes d’origine africaine, plus fréquente au niveau de la hanche gauche (environ 60 %) et bilatérale dans environ 20 % des cas. Les facteurs de risque les plus fréquemment associés à la DDH sont la grossesse primipare, l’oligohydramnios, la macrosomie et les filles, en plus de la présentation du siège. Le diagnostic d’imagerie de la DDH peut être réalisé par échographie jusqu’au quatrième mois de vie ou par radiographies après cet âge. En bref, le traitement conventionnel comprend l’utilisation du harnais de Pavlik chez les enfants de moins de six mois ; réduction de la hanche sous anesthésie suivie d’une stabilisation par un plâtre entre 6 et 12 mois ; ténotomie des adducteurs suivie d’une réduction sous anesthésie et plâtre pour les patients entre 12 et 18 mois ; réduction ouverte avec libération des tissus mous (obstacles à la réduction) et plâtre pour les personnes âgées de 18 à 24 mois. À partir de deux ans, le traitement consiste à ajouter des ostéotomies fémorales ou pelviennes dans une procédure appelée traitement en une seule étape. Ces procédures, tant conservatrices que chirurgicales, sont bien indiquées et présentent un taux de réussite élevé chez les patients de moins de huit ans. En raison de sa complexité et des risques associés, de nombreux experts déconseillent le traitement reconstructif en une seule étape chez les patients de plus de huit ans. Cette approche chirurgicale comprend toujours une réduction ouverte de l’articulation de la hanche avec libération des tissus mous qui entravent la procédure, accompagnée d’une ou des deux procédures : ostéotomie fémorale et ostéotomie pelvienne. Neuf études répondant aux critères d’inclusion ont été analysées, totalisant 234 patients avec 266 hanches opérées selon la technique en un seul temps chez des patients de plus de huit ans. Les résultats ont révélé que la procédure a donné lieu à près de 67 % de bons résultats cliniques et environ 91 % de bons résultats radiographiques. Ainsi, la présente étude contribue à évaluer le traitement conservateur et chirurgical de la DDH chez les patients âgés et jeunes de plus de huit ans. Developmental dysplasia of the hip defines a developmental disorder of the hip joint that includes femoroacetabular dislocation, subluxation, joint instability (dislocable hip) and acetabular deficiency (or acetabular dysplasia). This condition is more common in girls, rare in Afro-descendants, more common in the left hip (approximately 60%) and bilateral in approximately 20% of cases. The risk factors most commonly associated with DDH are primiparous pregnancy, oligohydramnios, macrosomia and girls, in addition to breech presentation. The imaging diagnosis of DDH can be performed by ultrasound up to the fourth month of life or by radiographs after this age. In summary, conventional treatment includes the use of the Pavlik harness in children under six months of age; hip reduction under anesthesia followed by stabilization with a plaster cast for patients between six and 12 months of age; adductor tenotomy followed by reduction under anesthesia and plaster for patients between 12 and 18 months of age; open reduction with release of soft tissues (obstacles to reduction) and plaster for those between 18 and 24 months of age. From two years of age onwards, treatment consists of adding femoral or pelvic osteotomies in a procedure known as single-stage treatment. These procedures, both conservative and surgical, are well indicated and have a high success rate in patients under eight years of age. Due to their complexity and associated risks, many experts contraindicate single-stage reconstructive treatment for patients over eight years of age. This surgical approach always includes open reduction of the hip joint with release of the soft tissues that impede the procedure, accompanied by one or both procedures: femoral osteotomy and pelvic osteotomy. Nine studies that met the inclusion criteria were analyzed, totaling 234 patients with 266 hips operated using the single-stage technique in patients over eight years of age. The results revealed that the procedure resulted in almost 67% of good clinical results and approximately 91% of good radiographic results. Thus, the present study contributes to evaluating the conservative

 

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